quinta-feira, 19 de julho de 2012

NELSON CAVAQUINHO


 
Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1911 — Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.

Seu envolvimento com a música inicia-se na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.

Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos e na mesma época consegue, graças a seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.

Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos com "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente "vendia" parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.
Sua primeira canção gravada foi "Não Faça Vontade a Ela", em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Cyro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas. Começou a se apresentar em público apenas na década de 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio. Em 1970 lançou seu primeiro LP, "Depoimento de Poeta", pela gravadora Castelinho.

Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em "Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Luto", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".
Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.

No carnaval de 2011 a escola de samba G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira homenageou Nelson Cavaquinho pelo seu centenário. "O Filho Fiel, Sempre Mangueira" é o nome do enredo que a agremiação levou para a avenida. O músico era torcedor da escola de samba carioca.



Clique no link abaixo e faça o Download de algumas músicas compostas e interpretadas por Nelson Cavaquinho.

01 Folhas secas
02 Quando eu me chamar saudade
03 Eu e as flores
04 Palhaço
05 O bom e o mau
06 Deus não me esqueceu
07 A flor e o espinho
08 Degraus da vida
09 Notícia
10 Lágrimas sem júri
11 Juízo final
12 Tatuagem
13 A flor e o espinho / Se eu sorrir
14 Sempre Mangueira
15 Luz negra
16 Orgulho e agonia
17 Aceito o teu adeus
18 Devia ser condenada







Em 2001, a cantora Beth Carvalho gravou um CD homenageando o compositor Nelson Cavaquinho. O trabalho entitulado "Nome Sagrado" foi vendido inicialmente em bancas de revistas. Seus produtores foram a própria Beth Carvalho e João Carlos Carino. O grupo Quinteto em Branco e Preto, o qual Beth Carvalho é madrinha, também participou da gravação deste trabalho.


Clique no link abaixo e faça o Download do CD Nome Sagrado.


01 Folhas secas
02 Nome sagrado
03 Luz negra
04 Nem todos são amigos / Dona Carola
05 Cheira à vela
06 Notícia
07 Palhaço / Degraus da vida
08 Não te dói a consciência
09 Juízo final
10 Rugas
11 Pranto de poeta / Sempre Mangueira
12 Caridade
13 A flor e o espinho
14 Minha festa
15 Quando eu me chamar saudade
16 Visita triste / Vou partir


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