quinta-feira, 9 de agosto de 2012

MUSSUM



Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum (Rio de Janeiro, 7 de abril de 1941 - São Paulo, 29 de julho de 1994), foi um músico e humorista brasileiro.

Como músico foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba e como humorista, do grupo Os Trapalhões.

Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico.

Pertenceu à Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado.

Como músico e sambista, com amigos fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na TV, nos anos 70, e se apresentaram em diversos países.
Antes, nos anos 60, é convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início recusa o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente estréia no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se de um peixe.

Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o vê numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convida para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusa; entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) consegue convencê-lo, e Mussum passa a integrar o quarteto (que na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro (Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e atuarem em vários quadros com o grupo, eram coadjuvantes).

Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três discos solo dedicados ao samba.

Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala das Baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era Flamenguista.

Segundo depoimento recente de Dedé Santana, Mussum era o único dos Trapalhões que, na frente das telas, não representava um personagem. O tempo todo, Mussum era ele mesmo: alegre, brincalhão, risonho, querido por todos. Também afirmou que Mussum era o único trapalhão que não precisava fazer o menor esforço para ser engraçado.

Clique no link abaixo para fazer o Download de uma coletânea de gôsto pessoal das músicas do saudoso Mussum.

01 Cada vida um destino
02 Festa do Lava Pés
03 Because forever
04 A vizinha, pega ela perú
05 Nêga besta
06 Água benta
07 É ouro só
08 O saudoso
09 Papagaio
10 Malandro quilombola
11 Chiclete de hortelã
12 Rio antigo
13 Um amor em cada coração
14 O torcedor
15 Debaixo do meu chapéu
16 Madureira, Vaz Lobo e Irajá
17 Alô, Judite
18 Artigo esgotado
19 Filosofia de quintal
20 Foi melhor assim
21 Nêgo Juca
22 Vai se arrepender
23 Tempo bom, faz tempo



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